Os pacientes que recebem tratamento com estatinas antes de uma cirurgia de revascularização do miocárdio, conhecida popularmente como cirurgia de "ponte de safena", parecem ter um risco menor de morte e derrame cerebral no período pós-operatório.Essas são as conclusões de um novo estudo realizado por pesquisadores alemães.
A cirurgia de revascularização do miocárdio é conhecida como cirurgia de "ponte de safena" porque usa uma parte da veia safena da perna para desviar sangue da aorta (principal artéria do corpo, que sai do coração) para as artérias coronárias obstruídas (que irrigam o coração).São também utilizadas as artérias radial (braço) e mamária (tórax).
"Pacientes submetidos à cirurgia cardíaca geralmente têm uma série de outras doenças, por isso, precisamos melhorar a sua condição pré-operatória para obtermos o melhor resultado possível". disse o Dr. Elmar W. Kuhn, da Universidade de Colônia, na Alemanha.A análise do Dr. Kuhn e seus colaboradores incluiu 32 estudos que avaliaram o tratamento com estatinas antes da cirurgia de revascularização do miocárdio em um total de 36.053 pacientes.
No geral, a taxa de morte entre os pacientes que tomaram estatinas antes da cirurgia de revascularização miocárdica foi menor, e uma redução de 19% no risco de derrame cerebral foi encontrada entre os pacientes que tomaram estatinas, em comparação com o grupo controle que não utilizou o medicamento.
As estatinas (sinvastatina, atorvastatina, rosuvastatina, entre outras) são os medicamentos mais usados para reduzir os níveis de lipoproteína de baixa densidade, também conhecido como "mau colesterol", fato que ajuda a diminuir o risco de um infarto do miocárdio e morte cardíaca.
Fonte: The Annals of Thoracic Surgery.
